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sexta-feira, 22 de abril de 2011

A velha história... não, dessa vez não.

Sempre adorei o fim das coisas. Tamanho ódio que tenho de filmes que acabam apenas dando a entender coisas e livros que me fazem esperar por uma segunda parte! Já que tem que ter fim, que as coisas acabem bem acabadas, não gosto de dar margem pra outras interpretações. Afinal, quando uma história acaba outra começa e, se a historia não acabar de uma vez, nunca pode haver uma nova historia definitiva.

E nessa velha historia -provavelmente a mais velha de todas - fim definitivo não teve. Vez ou outra estou as voltas com uma possibilidade de findar isso de uma forma boa ou má, e ainda assim estamos aqui. Timidez ou falta de vergonha na cara, quem sabe dizer? Só sei que tanto tempo depois a velha musica toca, uma noite surge e lá estavamos nós: nem brigados nem de bem. Assuntos vagos e a vontade de tocar no assunto coçando na ponta da lingua. Nunca aconteceu.

Mas como a vida é mesmo insistente, outra noite dessas tentou ser escrita nessa velha historia. Dessa vez, ficou só no rascunho. Não tive arrepios, não odiei todo o meu armario sem ter o que vestir, nem me dei ao trabalho de tingir as unhas de vermelho. Me vesti sim, escolhi muito bem um esmalte... pra mim, pra ficar em casa postando no meu blog. De repente já não importava mais.

Como quando eu era criança e fiquei aguardando séculos pelo ultimo livro de Harry Potter. A historia me acompanhou por anos, mas quando o fim definitivo chegou eu já tinha tirado os posteres da Grifinoria da parede e na minha cabeceira, outras trilogias já reinavam. Eu até li, mas o fim definitivo já não importava tanto assim. E pra essa velha história, fica a mesma coisa: se o "fim" acontecer é só uma questão simbolica, porque eu realmente já estou em outro livro.